terça-feira, 13 de setembro de 2016

Deveriam os atletas passar por triagem cardiovascular?

Sociedade Americana de Medicina Esportiva (American Medical Society for Sports Medicine, AMSSM) está aconselhando a consideração cuidadosa do risco de parada cardíaca repentina e morte (PCR/M) e a disponibilidade de recursos de cardiologia e infraestrutura para implantar um programa de triagem cardiovascular (TC) para os atletas.
O conselho faz parte de uma nova declaração de posiçãoda Sociedade sobre triagem cardiovascular pré-participação em atletas. Apesar do fato da triagem CV pré-participação entre atletas de competição ser recomendada por muitos órgãos de administração esportiva e organizações médicas, a AMSSM afirmou que a ausência de evidência baseada em resultados definitivos sobre o assunto a impede de endossar qualquer estratégia de triagem CV universal ou única para todos os atletas, incluindo mandatos legislativos.
A Sociedade destacou que, embora os ECGs aumentem a detecção precoce de algumas doenças cardíacas associadas à PCR/M, a precisão e a confiabilidade da interpretação do ECG são “desafios” com a “principal preocupação de adicionarem resultados falsos positivos ao processo de triagem na avaliação física pré-participação”.
A AMSSM afirmou que cada médico deve decidir por si mesmo quanto a incluir ou não o ECG em sua triagem. A Sociedade afirma respeitar a autonomia dos médicos em avaliar as necessidades dos pacientes e os “recursos de sua comunidade” para implantar uma estratégia apropriada.

Referências
Drezner , J et al. AMSSM Position Statement on Cardiovascular Preparticipation Screening in Athletes: Current Evidence, Knowledge Gaps, Recommendations, and Future Directions. Clinical Journal of Sport Medicine. September 2016 - Volume 26 - Issue 5 - p 347–361 [Cited 2016 September 7] doi: 10.1097/JSM.0000000000000382 Available from: http://journals.lww.com/cjsportsmed/Fulltext/2016/09000/AMSSM_Position_Statement_on_Cardiovascular.1.aspx

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Alongamento não previne lesão na corrida!

Fonte: http://www.sciencerunning.com/

NÃO! ISSO NÃO É 1º DE ABRIL! Isso é ciência baseada em evidência! O que iremos ver aqui é o resultado de um excelente estudo que buscou saber quais os efeitos de várias intervenções que tem como objetivo PREVENIR LESÃO.

Por muitos e muitos anos, os corredores sempre foram orientados para que realizassem sessões de alongamento antes ou após sua rotina de corrida, com o objetivo de reduzir o risco de lesões. Não muito recentemente, em 2013 (para a ciência é recente) um estudo chamado de revisão sistemática* publicado no British Journal of Sports Medicine (um dos principais jornais científicos do mundo) não encontrou evidências científicas para justificar a realização de alongamento seja ele feito antes ou após a prática esportiva com o objetivo de reduzir o risco de lesões.

Por outro lado, o que demostrou alguns efeitos de proteção, ou seja ser eficaz na redução do risco de lesões, foi o treinamento de força. Há evidência que quando comparado o treinamento de força X  o treinamento de propriocepção (treino de equilíbrio, saltos, plataformas instáveis) o treinamento de força provou ser significativamente melhor.

Inclusive quando foi comparado com grupos que além de propriocepção também fizeram alongamento e fortalecimento!

Ou seja, somente o fortalecimento sozinho foi mais eficaz do que o fortalecimento + outras intervenções.

O resultado foi uma redução de cerca de 1/3 das taxas de lesões no esporte.

Outras terapias como uso de meias de compressão, realização de acupuntura além de massagem também têm sido sugeridas para reduzir o risco de lesão, mas novamente não há nenhuma evidência de alta qualidade para suportar isto.


Portanto uma forma de se proteger um pouco das lesões causadas pela prática do esporte é fazer um treinamento de força associado!


* Revisão sistemática = É um tipo de estudo no qual é analisado os resultados de todas as pesquisas sobre o tema proposto. Ou seja, quando bem feita a revisão sistemática contém todos os estudos já realizados sobre o tema a ser investigado.

Referências:

- The effectiveness of exercise interventions to prevent sports injuries: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials.Jeppe Bo Lauersen, Ditte Marie Bertelsen, Lars Bo AndersenBr J Sports Med. 2014 June; 48(11): 871–877. Published online 2013 October 7. doi: 10.1136/bjsports-2013-092538




sábado, 30 de julho de 2016

Quantidade mínima de exercício para prolongar sua vida!



"A falta de atividade física destrói a boa condição de qualquer ser humano, enquanto o movimento e o exercício físico metódico o salva e o preserva."
Platão (428 a.C – 348 a. C)


Atividade física sempre foi sinônimo de saúde. Isto está comprovado na ciência.

A pergunta que muitos fazem é:

- Quanto de atividade física eu preciso fazer? Existe algum tipo de exercício melhor para mim? Fazer caminhada é melhor do que correr? Quanto tempo é o ideal para andar ou correr?

Pensando em responder essas dúvidas pesquisadores do renomado NIH (National Institute of Health)  examinaram cerca de 55 mil pessoas buscando saber se a prática de caminhada/corrida alterava a taxa de TODAS AS CAUSAS DE MORTE e RISCOS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES. 

O principal resultado foi POSITIVO! A prática de caminhada ou corrida reduz de forma significativa o risco de morte e de doenças cardiovasculares.

O mais interessante foi que a quantidade de tempo necessário para obter esses benefícios é MÍNIMA. 
Na linha horizontal temos o TEMPO e na linha vertical temos o BENEFÍCIO.


Na figura acima podemos ver que com apenas 5 minutos de corrida temos um redução de 10% de TODAS AS CAUSAS DE MORTE, já para caminhada é necessário 15 minutos para obter o mesmo efeito.

Com 25 minutos de corrida temos uma redução de cerca de 35% de TODAS AS CAUSAS DE MORTE, o que dessa vez é necessário cerca 1 hora e 45 minutos de caminhada!

Se você quer saber o quanto de benefício você obtém, basta ver o quanto de minutos (eixo horizontal) você pratica de Corrida ou Caminhada e puxar uma linha com o eixo vertical (Redução em todas as causas de mortalidade).


ENTÃO O IMPORTANTE É QUE MESMO COM APENAS 5 a 10 minutos POR DIA, VOCÊ JÁ TEM UM ALTO BENEFÍCIO NA SUA SAÚDE!

PORTANTO CALCE SEU TÊNIS E VÁ CORRER OU CAMINHAR!!! 



Referências:
  • Wen et al - Minimal Amount of Exercise to Prolong Life : To Walk, to Run, or Just Mix It Up?
    J Am Coll Cardiol. 2014 Aug 5;64(5):482-4. doi: 10.1016/j.jacc.2014.05.026.
  • Lee et al - Leisure-Time Running Reduces All-Cause and Cardiovascular Mortality Risk
    Journal of the American College of Cardiology, Volume 64, Issue 5, Pages 472-481

March 29,2016     Rafael Pimenta




terça-feira, 19 de julho de 2016

Consumo de carne vermelha associado à insuficiência renal

No estudo mais recente considerando os efeitos da carne vermelha na saúde, pesquisadores identificaram uma ligação entre carne vermelha e o aumento no risco de insuficiência renal.
O estudo vem em um momento em que números crescentes de indivíduos estão desenvolvendo insuficiência renal crônica (chronic kidney disease, CKD), com muitos progredindo para doença renal terminal (end-stage renal disease, ESRD).
As diretrizes atuais recomendam uma ingestão proteica restrita na dieta para ajudar no tratamento da CKD e retardar a progressão para ESRD. Para explorar esta relação, pesquisadores analisaram dados de 63.257 adultos no Estudo chinês sobre saúde em Cingapura (Singapore Chinese Health Study). 
Após um acompanhamento médio de 15,5 anos, os pesquisadores observaram que a ingestão de carne vermelha estava fortemente associada a um risco aumentado de ESRD de modo dependente da quantidade. Aqueles no quartil superior para consumo de carne vermelha tinham um risco 40% maior de desenvolver ESRD comparados às pessoas no quartil inferior. Os pesquisadores também observaram que substituir uma porção de carne vermelha por outras fontes de proteína reduzia o risco de ESRD em até 62%.
Não foi observada associação com a ingestão de aves, peixes, ovos ou laticínios, enquanto soja e legumes aparentavam ter um efeito levemente positivo, escreveram os autores no periódico Journal of the American Society of Nephrology.

ReferênciaQuan-Lan Jasmine Lew, Red Meat Intake and Risk of End-Stage Renal Disease. Journal of the American Society of Nephrology (JASN). 2016 July 14 [Cited 2016 July 14] doi: 10.1681/ASN.2016030248.


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Substância aponta fadiga cardíaca em maratonistas

Pesquisadora da EEFE acompanhou corredores com idade entre 18 e 55 anos

Estudos realizados na Escola de Educação Física e Esporte da (EEFE) da USP conseguiram identificar a ocorrência de fadiga cardíaca avaliando os níveis de óxido nítrico exalados pelos corredores no pós-maratona. Os testes foram feitos em 31 voluntários durante a 21ª edição da Maratona Internacional de São Paulo, realizada em maio deste ano.
Ana Sierra, médica do esporte e profissional de educação física, acompanhou corredores do sexo masculino, entre 18 e 55 anos, para investigar as principais alterações do organismo após a realização de maratona. Em sua pesquisa de mestrado, ela já havia observado que, depois da prova, o atleta passava por um período de 15 dias de fadiga cardíaca, sofrendo uma queda na capacidade de seu coração bombear o sangue.
Segundo a pesquisadora, diversos fatores contribuem para que esse fenômeno aconteça, dentre eles a presença de inflamação no pulmão. Esta, por sua vez, leva à redução na capacidade do órgão em fornecer oxigênio, via circulação sanguínea, para todos os tecidos do corpo – incluindo a musculatura cardíaca.
A inflamação dos pulmões foi detectada por meio de análise da quantidade de óxido nítrico exalada pelos atletas. A substância funciona como um marcador da inflamação das vias aéreas – quando presente em maior quantidade na expiração após a corrida, indica o processo inflamatório nos pulmões.
A pesquisadora observou que o aparecimento da fadiga cardíaca ocorreu principalmente nos atletas que tiveram maior variação nos níveis de óxido nítrico entre a primeira e a última medição – foram quatro, no total.
Acredita-se que a redução dos níveis de óxido nítrico é uma adaptação do organismo do atleta frente ao esforço de correr uma maratona. Segundo Ana, essa resposta pode estar ligada ao nível de treinamento do corredor, ou seja, ao quanto ele está preparado para o esforço exigido pela prova.
Outra questão constatada pelo estudo foi alteração na função renal por causa da hidratação inadequada feita pelos corredores durante treinos e provas. Segundo Ana Sierra, é comum ver pessoas bebendo um gole d’água e em seguida jogar o restante na cabeça e se considerar hidratado. A quantidade ideal de ingestão de líquido durante uma corrida depende do peso, sexo, clima, ritmo e da transpiração, porém, em geral, Ana recomenda o consumo de dois a três litros d’água, que devem ser ingeridos antes, durante e depois das corridas.
Orientação profissionalApesar de ter crescido a procura por assessorias esportivas, ainda hoje muitas pessoas começam a treinar por conta própria e consideram que estão aptas a fazer provas de longas distâncias com pouco treino. O ideal, segundo a pesquisadora, seria que as pessoas passassem no mínimo um ano fazendo treinos orientados para participar de uma maratona.
O profissional de educação física irá planejar o tipo e o tempo de treino, o descanso necessário para recuperação e a capacidade de treinamento, levando em conta fatores genéticos, idade e condicionamento físico. Antes de iniciar qualquer atividade física, é importante fazer uma avaliação médica, de preferência com profissional da área esportiva, para descartar doenças prévias e, posteriormente ter acompanhamento de um educador físico, lembra.
A maratona, prova de 42 km de distância que acontece atualmente em 98 países atraindo milhares de pessoas de todos os cantos, tem sua origem em uma lenda grega. A história conta que um soldado mensageiro do exército ateniense teria percorrido cerca de 40 km entre um campo de batalha de Maratona e Atenas para divulgar a vitória dos exércitos atenienses contra os persas e que teria morrido logo após ter cumprido a missão.
A Maratona Internacional de São Paulo é um evento bastante disputado por atletas e está consolidado no calendário brasileiro de provas. A edição de 2015 reuniu corredores de vários estados brasileiros e de outros países e teve sua largada no Parque do Ibirapuera.
A pesquisa de Ana Sierra, sob o título “Papel do óxido nítrico na fadiga cardíaca induzida pela maratona”, recebeu prêmio de melhor trabalho na categoria apresentação oral no Congresso Nacional do Departamento de Ergometria, Reabilitação Cardíaca e Cardiologia do Esporte, ligado à Sociedade Brasileira de Cardiologia, realizado em outubro deste ano no Recife (PE).
Além da EEFE, mais cinco instituições estão ligadas ao trabalho: o Instituto Dante Pazzanese, a Universidade Nove de Julho (Uninove), Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Mackenzie.
email anasierra@usp.br
fonte: http://areadetreino.com.br/substancia-aponta-fadiga-cardiaca-em-maratonistas/

terça-feira, 5 de julho de 2016

Correr não é prejudicial para os joelhos



A corrida por lazer não prejudica os joelhos, sugere a nova pesquisa da Iniciativa de Osteoartrite dos Estados Unidos da América (Osteoarthritis Initiative, OAI). Uma análise de participantes da OAI não encontrou risco aumentado de osteoartrite do joelho sintomática entre as coortes de praticantes de corrida da comunidade em comparação com não praticantes de corrida.

A atividade física regular, incluindo a corrida, é recomendada devido a seus benefícios cardiovasculares e contribuição para prevenção da mortalidade. Contudo, existe controvérsia em relação à possibilidade de a corrida acabar sendo prejudicial para os joelhos mais tarde.

O OAI é um estudo observacional multicêntrico, longitudinal, prospetivo da osteoartrite do joelho. O atual estudo OAI avaliou a relação entre a corrida e a dor nos joelhos, osteoartrite radiográfica e osteoartrite sintomática.

Dos 2.637 participantes, 29,5% haviam corrido em algum momento de suas vidas. Usando regressão logística, pesquisadores do OAI concluíram que a razão de probabilidade ajustada de dor e osteoartrite foi 0,83 e 0,71 para praticantes de corrida no passado e praticantes de corrida no presente, em comparação com quem nunca correu.

Os autores, que apresentarão os resultados na revista Arthritis Care Res (Hoboken) esta semana, concluíram que quem corre não tem maior risco de osteoartrite do joelho do que quem não corre. No caso de quem não tem osteoartrite, dizem, a corrida não parece ser prejudicial para os joelhos.

fonte:
Lo GH et al. History of Running is Not Associated with Higher Risk of Symptomatic Knee Osteoarthritis: A Cross-Sectional Study from the Osteoarthritis Initiative. Arthritis Care Res (Hoboken). 2016 Jun 22. doi: 10.1002/acr.22939. PMID: 27333572. [Epub ahead of print]

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Laxante, selênio e alguns gases

Li esta materia na revista SUPERINTERESSANTE , concordo com algumas posições do artigo, por isso estou postando neste espaço.

Redação Super / Paulo Gama

Um pó com muito carboidrato e alguma proteína promete substituir duas refeições do seu dia. Qual o truque dos shakes para controlar sua fome? Encher você de ar.

O alimento - Maltodextrina 
Saco vazio não para em pé, certo? Até fica, se estiver inflado - é com base nessa ideia que os shakes são feitos. Para substituir as refeições, eles têm muito carboidrato, ou maltodextrina, no caso. Produzido a partir do amido de milho, esse ingrediente é digerido devagarinho pelo organismo, o que garante energia ao corpo no período em que você deveria estar se alimentando. Por isso a maltodextrina é a rainha dos suplementos consumidos por maratonistas e marombeiros. 

Os gases - Albumina 
Outra velha conhecida dos puxadores de ferro, a albumina é a proteína da clara de ovo (aqui, extraída da clara desidratada). Se por um lado fornece uma variedade de aminoácidos à mistura, por outro é responsável pelo mais desagradável dos efeitos colaterais: o excesso de gases, produzidos durante o processo de digestão. A dose de proteína da mistura ainda é reforçada por leite em pó e soro de leite, mas, mesmo assim, passa longe de valer por um bifinho: corresponde a só 10% de um bife de alcatra. 

O marketing - Vitaminas e minerais Em um prato de comida, nutrientes vêm incluídos. Mas no shake é preciso adicioná-los, pra ninguém falar que a refeição é pobre em vitaminas e minerais. Aqui a dose tem 23 ingredientes, como ferro e selênio. Este último aparece também em painéis solares, porque ajuda a converter a luz em energia. 

A mágica - Goma guar Fibra solúvel extraída do guar, uma planta originária da Índia. Já no copo ela começa a desempenhar a sua função: dar mais consistência ao shake. Mas a goma só atinge seu máximo de viscosidade duas horas depois de hidratada. A essa altura ela já estará no seu estômago, promovendo a mágica sensação de barriga cheia. 

O laxante - Farinha de aveia 
Esse punhado de nutrientes desidratados sem fibras ingeridos na forma líquida podem deixar o intestino preguiçoso, já que ele praticamente não vai ser requisitado. É aí que entra a farinha de aveia: suas fibras não solúveis ajudam a aumentar o volume do bolo fecal e a manter, digamos, sua regularidade intestinal. 

O tempero - Corantes e aroma artificiais Junte todos esses ingredientes e imagine o gosto da mistura: até um prato de chicória seria mais atraente. Mas tudo pode ser facilitado por sabores como morango, baunilha ou chocolate, graças a uma dose generosa de aromatizantes e corantes. O sabor doce também é artificial, mas pelo menos não engorda. 


Fontes Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Comitê de Aditivos Alimentares da OMS e da ONU (JECFA); Daniella Tolari, nutricionista responsável pelo produto; Maricê Nogueira de Oliveira, bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; e Samantha Andrade, nutricionista da Faculdade de Saúde Pública da USP.


A distância na corrida é importante?

 Distância não é tudo na corrida, dizem os especialistas.

Na recente reunião do Colégio Americano de Medicina Esportiva (American College of Sports Medicine) em Boston, especialistas apresentaram dados para mostrar que os benefícios para a saúde associados à corrida não aumentam necessariamente com o aumento da distância. Duck-chul Lee, do Departamento de Cinesiologia da Universidade do Estado do Iowa, apresentou provas de que, após um determinado momento, o aumento da distância percorrida provoca diminuição dos retornos.
Na mesma sessão, Paul Williams, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley apresentou achados do Estudo nacional sobre a saúde de praticantes de corrida e caminhada (National Runners’ and Walkers’ Health Study). Conforme previsto, o estudo concluiu que a corrida está associada a muitos benefícios para a saúde, incluindo IMC reduzido, colesterol melhor e risco reduzido de câncer, DCV e doença respiratória.
Contudo, estes benefícios aparentemente desapareciam com distâncias maiores. Em pessoas que corriam mais de 30 milhas por semana, existiu um aumento no risco de mortalidade em comparação com pessoas que corriam distâncias menores, especialmente em quem tinha uma doença preexistente.
Ao escrever no FiveThirtyEight sobre a sessão, Christie Aschwanden, principal escritora sobre ciência, afirmou que os dados levantam a seguinte questão: qual tipo de corrida é melhor para nós? A maratona ou uma série de corridas de 5 km?
Referência:
Aschwanden C. The 5K, Not The Marathon, Is The Ideal Race. FiveThirtyEight. June 2016.


quinta-feira, 30 de junho de 2016

CICLO MENSTRUAL E TREINAMENTO DE CORRIDA PARA MULHERES


Saiba como adequar as fases do ciclo menstrual ao seu programa de treinamento!
By Go Personal
Cada dia que passa as mulheres buscam se cuidar mais, tanto no aspecto de ter mais saúde quanto no aspecto de ficar mais bonita e em forma. A corrida de rua é uma modalidade que esta atraindo cada vez mais este grupo, pois é uma atividade excelente para quem quer atingir os objetivos que acabei de citar anteriormente. Podemos observar que as empresas que organizam as provas de corrida já fazem provas somente para elas.
Quando falamos em treinamento de corrida para mulheres devemos levar em consideração a individualidade biológica, pois elas são diferentes dos homens. Quando comparamos “eles” x “elas” podemos observar que elas em sua maioria são mais baixas, mais leves, tem massa gorda superior, menos massa magra, massa óssea mais leve e mais porosa, menos força, coração menor e a pelve mais larga.
É muito comum em mulheres que correm a dúvida sobre como adequar as fases do ciclo da menstruação ao seu programa de treinamento. Embora muitas sintam um desconforto maior durante os dias mais críticos da menstruação e experimentem uma queda no rendimento, nem sempre é preciso deixar de treinar por conta disso.
O ciclo menstrual é uma das presenças mais marcantes do sexo feminino. Por isto, na prescrição de treino deve ser bem planejado levando-se em consideração cada atleta.
As fases menstruais são:
– Menstruação (do primeiro ao quarto dia);
– Pós menstruação (do quinto ao décimo primeiro dia);
– Intermenstrual (do décimo segundo dia até o vigésimo segundo dia);
– Pré menstrual (do vigésimo terceiro dia até o vigésimo oitavo dia);
Segundo Machado A. F (2014) na fase pós menstrual o desempenho é otimizado, na fase intermenstrual é normal, na fase pré menstrual ele é debilitado, na fase menstrual, vai contar a individualidade de cada uma, pois em algumas atletas o desempenho pode melhorar ou piorar.
Alguns tipos de treinamentos exigem mais ou menos das atletas e eles devem ser distribuídos de acordo com o ciclo para otimizar a performance. Exemplo: no período pré-menstrual é indicado uma redução da carga de treinos devendo ajustar na programação treinos regenerativos.
Se você é mulher e pratica a corrida de rua você já deve ter observado o seu rendimento nos treinos e/ou provas quando esta em cada fase do seu ciclo menstrual. Converse com seu treinador e/ou procure um profissional de educação física e/ou uma assessoria esportiva especializada para lhe atender e ajustar melhor seus treinamentos.
Bons treinos. GO!
Prof. Esp. Celso Alves Junior

Sócio diretor da Go Personal Assessoria Esportiva
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Creatina aumenta força dos membros superiores

A suplementação de creatina pode aumentar significativamente a força dos membros superiores, de acordo com uma das maiores meta-análises sobre o assunto.
A análise sistemática e a meta-análise, publicadas na revistaSports Medicine, incluíram 53 estudos envolvendo 563 indivíduos recebendo suplementação de creatina e 575 controles. Concluiu-se que a suplementação aumenta a força dos membros superiores, principalmente no local dos músculos peitorais. Os desempenhos no exercício de supino aumentaram em 5,3% com suplementação.
No final do período de suplementação, o tamanho do efeito no supino e supino vertical foi 0,265 (IC de 95% 0,132-0,398; P < 0,001) e 0,677 (IC de 95% 0,149-1,206; P = 0,012), respectivamente. O tamanho do efeito peitoral foi 0,289 (IC de 95% 0,160-0,419; P = 0,000) e o tamanho do efeito global nos membros superiores foi 0,317 (IC de 95% 0,185-0,449; P < 0,001).
A creatina é a suplementação mais comumente usada para aumentar a força. Contudo, a maioria das pesquisas relacionadas à eficácia da suplementação tem se concentrado nos membros inferiores. Este último estudo comparou os efeitos da suplementação de creatina e placebo na força somente dos membros superiores. 
Os autores concluíram que a suplementação de creatina é eficaz no aumento da força dos membros superiores em exercícios com uma duração inferior a três minutos, e este efeito é independente das características da população, protocolos de treino e doses ou duração da suplementação.

Referência:

Lanhers C, et al.  Creatine Supplementation and Upper Limb Strength Performance: A Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Medicine. First Online: 21 June 2016. DOI: 10.1007/s40279-016-0571-4

sábado, 25 de junho de 2016

EXERCICIO FISICO EM PESSOAS IDOSAS

Até mesmo um nível mínimo de exercícios tem um efeito protetor em pessoas idosas


Até mesmo uma quantidade mínima de atividade física pode ter um efeito protetor em pessoas idosas. Segundo um estudo francês apresentado na reunião da EuroPRevent em Sophia Antipolis (França), 15 minutos de exercícios diários são suficientes para diminuir o risco de morte.
Cientistas do Hospital Universitário de Saint-Etienne analisaram dados de duas coortes. A coorte francesas incluiu 1.011 indivíduos com 65 anos de idade em 2001, os quais foram acompanhados por um período de doze anos. O segundo grupo de estudo era uma coorte internacional de uma metanálise, consistindo de 122.417 pessoas com 60 anos de idade que foram acompanhadas por dez anos em média. A atividade física dos participantes era medida em Metabolic Equivalent of Task (MET) e classificada em um de quatro grupos (inativo, baixa - MET entre 1 e 499, média - MET entre 500 e 999 por semana, alta - MET acima de 1.000 por semana).
Durante o período de acompanhamento, nove por cento da coorte francesa e 15 por cento do grupo internacional de participantes havia morrido. Em relação ao risco de mortalidade, os resultados mostraram que quanto maior o nível de atividade menor o risco de morte. Em comparação com participantes sedentários: aqueles com níveis baixos de atividade tinham um risco 22 por cento mais baixo de morte; aqueles com nível médio de atividade tinham um risco 38 por cento mais baixo de morte e os participantes mais ativos tinham um risco 35 por cento mais baixo de morte.
"Estes dois estudos mostram que, quanto mais atividades físicas forem realizadas pelos idosos, maiores serão os benefícios para a sua saúde. O maior salto nos benefícios foi atingido no nível baixo de exercício, com os níveis médio e alto oferecendo incrementos menores de benefícios”, explicou o autor do estudo David Hupin. O grupo com menor nível de atividade realizava cerca de metade da quantidade de atividade tradicionalmente recomendada. A extensão era equivalente a uma caminhada rápida de 15 minutos por dia. Estes 15 minutos poderiam ser uma "meta razoável" para começar, disse Hupin.

Referências: EuroPRevent Meeting 2016