quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Benefícios para a saúde do treinamento de força em adultos




             Benefícios para a saúde do treinamento de força em adultos.

As evidências dos benefícios para a saúde do treinamento de força continuam a crescer. Em uma revisão sistemática e meta-análise de 16 estudos envolvendo mais de 250.000 participantes, o treinamento de força foi inversamente associado ao risco de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e mortalidade por todas as causas, independente do exercício aeróbico [3]. A revisão foi limitada a estudos prospectivos de indivíduos ≥18 anos sem condições de saúde graves no início do estudo e um acompanhamento mínimo de dois anos, e provavelmente subestima essas associações, pois nem todos os estudos envolveram métodos de treinamento robustos. Esses achados apoiam a importância de incorporar o treinamento de força em programas de exercícios para todos, principalmente para adultos mais velhos.


Consulte 'Treinamento de força para a saúde em adultos: Terminologia, princípios, benefícios e riscos', seção sobre 'Benefício de mortalidade'.


3. Momma H, Kawakami R, Honda T, Sawada SS. Atividades de fortalecimento muscular estão associadas a menor risco e mortalidade nas principais doenças não transmissíveis: uma revisão sistemática e meta-análise de estudos de coorte. Br J Sports Med 2022; 56:755.

 ORIGINAL: Health benefits of strength training in adults

Sumary

 Evidence for the health benefits of strength training continues to grow. In a systematic review and meta-analysis of 16 studies involving over 250,000 participants, strength training was inversely associated with the risk for cardiovascular disease, cancer, diabetes, and all-cause mortality, independent of aerobic exercise [3]. The review was limited to prospective studies of individuals ≥18 years old without severe health conditions at baseline and a minimum two-year follow-up, and it likely underestimates these associations, as not all studies involved robust training methods. These findings support the importance of incorporating strength training into exercise programs for everyone, particularly older adults.

See 'Strength training for health in adults: Terminology, principles, benefits, and risks', section on 'Mortality benefit'.3. Momma H, Kawakami R, Honda T, Sawada SS. Muscle-strengthening activities are associated with lower risk and mortality in major non-communicable diseases: a systematic review and meta-analysis of cohort studies. Br J Sports Med 2022; 56:755.

domingo, 27 de março de 2022

Desempenho da ferramenta de avaliação de risco de fraturas associada à medida de massa muscular e à preensão manual no rastreio de risco de osteoporose em mulheres jovens pós-menopáusicas.

 Desempenho da ferramenta de avaliação de risco de fraturas associada à medida de massa muscular e à preensão manual no rastreio de risco de osteoporose em mulheres jovens pós-menopáusicas.

Autores: MarinaMartinelliSonnenfeld;FernandaLellisPimentel;ElizabethJehaNasser; LucianodeMeloPompei;CesarEduardoFernandes;MarceloLuisSteiner; Gynecology and Obstetrics Department, Centro Universitário FMABC,Santo André, SP, Brazil. 

RevBrasGinecolObstet2022;44(1):32–39. Address for correspondence MarinaMartinelliSonnenfeld,MD, Av. LauroGomes,2.000, SantoAndré,SP,09060-870,Brazil (e-mail: ma_sonnenfeld@hotmail.com).

Objetivo:

Avaliar a melhora da precisão da FractureRiskAssessmentTool(Ferramenta de Avaliação do Risco de Fraturas,FRAX,em inglês)no rastreio do risco de desenvolver osteoporose em mulheres jovens pós-menopáusicas com a associação de medidas clínicas de massa muscular e preensão manual. 

Métodos: 

Uma amostra de mulheres pós-menopáusicas foi submetida a ultrassom quantitativo(USQ)de calcâneo,à aplicação do questionário FRAX,e rastreadas quanto ao riscode desenvolver sarcopenia em uma feira de saúde realizada em 2019 emSão Bernardo do Campo.

Além disso,a amostra também foi submetida a antropometria, e a testes de massa muscular, velocidade de marcha, e preensão manual.

Um risco de grandes fraturas osteoporóticas(GFOs)8,5% no FRAX, classificação de médio risco nas diretrizes clínicas do National Osteoporosis Guideline Group(NOGG), e T-score no USQ-1,8dp foram considerados riscos de ter baixa massa óssea, e T-score no QUS-2,5sd, risco de ter fraturas. Resultados:

Ao todo,198 mulheres foram avaliadas ,com idade média de 64+/-7,7 anos, índice de massa corporal(IMC) médio de 27,3+/-5,3kg/m2, e T-score médio no USQ de-1,3 +/- 1,3sd. A precisão do FRAX comum risco de GFO8,5% para identificar mulheres com T-score -1,8dp foi precária, comum a área sob a curva (ASC) de 0,604 (intervalo de confiança de95%[IC95%]:0,509–0,694),para mulheres menores de 65 anos de idade, e de 0,642(IC95%:0,571–0,709) quando a idade não foi considerada. A inclusão de dados da massa muscular na análise estatística levou a uma melhora significativa no grupo menor de 65anos de idade, com uma ASC de 0,705(IC95%: 0,612–0,786). A habilidade da ferramenta NOGG de alto risco para identificar T-scores-1,8dp foi limitada. 

Conclusão:

As medidas clínicas da massa muscular aumentaram a precisão do FRAX no rastreio de osteoporose em mulheres menores de 65 anos de idade.

Terapia com testosterona para mulheres: muitas perguntas ainda a serem respondidas.

 Terapia com testosterona para mulheres: muitas perguntas ainda a serem respondidas

Autores: Cristina Laguna Benetti-Pinto1 1Departamento de Tocoginecologia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil Rev Bras Ginecol Obstet 2022;44(1):1–2.

Nos últimos anos, o papel biológico dos andrógenos no organismo feminino tem despertado crescente interesse. As mulheres no período reprodutivo e após a menopausa produzem andrógenos que contribuem para a função ovariana, função sexual, metabolismo ósseo, cognição, entre outras ações. Apesar das evidências do envolvimento de seu excesso em distúrbios da saúde reprodutiva, os estudos sobre sua deficiência têm aumentado. Editorial 1 ainda controverso. Soma-se a isso o fato de que os efeitos clínicos dos andrógenos são tecidos específicos e não necessariamente relacionados aos níveis séricos. Assim, importantes sociedades mundiais se opõem ao uso de dosagens séricas androgênicas como indicadores de distúrbios decorrentes da insuficiência desses hormônios, principalmente como preditores de disfunção sexual.

 Os níveis de andrógenos no organismo feminino variam com a idade. Além dos mecanismos de conversão periférica, ovários e suprarrenais são responsáveis ​​pela produção e manutenção dos níveis androgênicos circulantes. Após um pico entre 18 e 24 anos, inicia-se um declínio lento durante o período reprodutivo, por volta dos 30 anos, e aos 70-80 anos, os níveis séricos de andrógenos representarão 10 a 20% dos níveis encontrados no a partir dos 30 anos. Nesse processo, a menopausa por si só não representa um momento de acentuado declínio androgênico. A testosterona é o andrógeno mais potente que circula no corpo feminino e geralmente o mais dosado. As taxas de prescrição aumentaram recentemente sob a justificativa de aliviar os sintomas decorrentes de sua falta. A questão é: como caracterizar a deficiência androgênica em mulheres? Quais são as evidências para seu uso? Os sintomas de deficiência androgênica em diferentes fases da vida são inespecíficos. Foram citadas queixas de excitação reduzida, fantasias, desejo e interesse sexual e redução da sensação de bem-estar e motivação. Rarefação e afinamento de pêlos pubianos, perda de massa muscular e óssea, além de fadiga persistente e inexplicável também foram mencionados. A maioria dessas manifestações pode ser facilmente confundida com sinais de envelhecimento ou sobrecarga com o ritmo de vida. Uma caracterização bioquímica para o diagnóstico da deficiência androgênica também não é reconhecida. A medição de testosterona geralmente é realizada usando técnicas de baixa precisão para níveis séricos femininos. Embora alguns laboratórios já utilizem tecnologia mais recente e melhor sensibilidade que permitem novas questões sobre níveis normais ou reduzidos.

Para reforçar esse fato, estudos com mulheres submetidas à ooforectomia bilateral, portanto, com produção de androgênios baixa, não demonstraram uma forte correlação entre os níveis de testosterona no pós-operatório e a função sexual. Diante da dificuldade em caracterizar sua deficiência, quando haveria indicação para prescrição de suplementação androgênica? A maioria dos estudos avaliando o uso de testosterona tem sido realizado em mulheres com queixas sexuais. A evidência de que a função sexual feminina está associada à ação androgênica é baseada principalmente em estudos que observaram melhora no transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH) em mulheres na pós-menopausa tratadas com testosterona com ou sem uso concomitante de terapia estrogênica convencional. e as condições sociais devem ser levadas em consideração. As alterações hormonais representam um fator a mais e devem ser incluídas neste contexto. Embora a literatura forneça evidências de melhora no TDSH com o uso de testosterona em mulheres na pós-menopausa, os níveis séricos androgênicos não têm sido indicados como preditores de um desfecho positivo ou negativo. De acordo com dados da literatura, mulheres na pós-menopausa que receberam testosterona melhoraram seu escore de função sexual, embora com apenas um leve aumento no número de episódios sexuais satisfatórios. Da mesma forma, a reposição de testosterona tem se mostrado eficaz em mulheres submetidas à ooforectomia bilateral. Assim, mulheres com TDSH, após exclusão de outras causas, representam a indicação mais aceita para suplementação de testosterona. Outras indicações discutíveis para o uso de testosterona são para promoção do bem-estar, humor e cognição.

Embora haja interesse no uso de andrógenos, ressaltamos que evidências robustas orientando sua indicação não estão crescendo na mesma velocidade. Até que surjam novas evidências, recomendamos que os médicos escolham de acordo com cada indivíduo e prescrevam andrógenos com moderação sempre usando doses fisiológicas, respeitando os conhecimentos científicos atuais, e orientem e discutam com seus pacientes sobre o relativo desconhecimento dos riscos e benefícios do uso de andrógenos, principalmente quanto -segurança de prazo. A Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina (CNEGE) da FEBRASGO, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, realizou uma extensa revisão de literatura e apontou suas posições sobre esse assunto tão discutível. Esses posicionamentos estão sendo publicados em dois artigos divididos de acordo com as recomendações para a fase reprodutiva da mulher ou climatério com o objetivo de auxiliar os profissionais de saúde na tomada de decisão, seja para avaliação do paciente ou indicação de terapia androgênica, sua dosagem e reavaliação de resultados.

Endereço para correspondência Cristina Laguna Benetti-Pinto, MD,PhD,Departamentode Tocoginecologia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil (e-mail: laguna@unicamp.br). DOI https://doi.org/ 10.1055/s-0042-1742619. ISSN 0100-7203

BIBLIOGRAFIA

 1 Bachmann G, Bancroft J, Braunstein G, et al. Female androgen insufficiency: the Princeton consensus statement on definition, classification, and assessment. Fertil Steril. 2002;77(04): 660–665. Doi: 10.1016/s0015-0282(02)02969-2 PubMed

 2 Vegunta S, Kling JM, Kapoor E. Androgen therapy in women. J Womens Health (Larchmt). 2020;29(01):57–64. Doi: 10.1089/ jwh.2018.7494 PubMed

 3 Davis SR, Baber R, Panay N, et al. Global consensus position statement on the use of testosterone therapy for women. J Clin Endocrinol Metab. 2019;104(10):4660–4666. Doi: 10.1210/ jc.2019-01603 PubMed

4 Parish SJ, Simon JA, Davis SR, et al. International Society for the Study of Women’s Sexual Health Clinical Practice Guideline for the use of systemic testosterone for hypoactive sexual 

sexta-feira, 25 de março de 2022

Uso de Testosterona em Mulheres

 Como ginecologista, cada dia que passa fico mais assustado vendo as propagandas indicando uso de testosterona por mulheres. Como ginecologista sei que em algumas situações a terapia de reposição hormonal utilizando também a testosterona tem suas indicações, mas não deste modo desenfreado que estão indicando, sem nenhum suporte cientifico para isso, a não se a meu ver, indicação financeira.

Abaixo transcrevo um texto do preparador físico Doutor Paulo Gentil, publicado no instagran dele, hoje, dia 25/03/2022.  Pelo que acompanho dele, parece ser  bom  preparador fisico, com uma boa formação acadêmica.

A primeira aula sobre esteroides anabolizantes foi cancelada pelo YouTube, mas vai acontecer hoje às 22:00 (consegui burlar as restrições). Um ponto que vou tratar é a “deficiência de testosterona em mulheres”. Vou explicar aqui alguns pontos, pra dar um leve spoiler. O primeiro é que, naturalmente, as quantidades de testosterona são baixas nas mulheres (elas não possuem testículos). Inclusive os níveis são tão baixos que a maioria dos métodos usados em hospitais e laboratórios não possuem sensibilidade para avalia-los, já que não há precisão para valores <100ng/dL (Taieb et al., 2003; Wang et al., 2005). 

Portanto, dificilmente se saberá se os níveis de testosterona estão baixos nas mulheres. Dito isso, sigo para a pergunta: e os problemas de libido, falta de disposição, emagrecimento, etc.
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Essa foi a pergunta de Santoro et al. (2005), que avaliaram 2961 mulheres de 42 a 52 anos e verificaram que os níveis altos de andrógeno geravam uma tendência a ter MAIS gordura na barriga, com 161% MAIS risco de ter síndrome metabólica! Por outro lado, NÃO havia associação entre os níveis de testosterona e qualidade de vida, desejo e excitação. Então, por que a pessoa tem aumento de libido, energia emagrece, ganha músculo ao tomar doses extras de testosterona?
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Simples! Pois aí são doses suprafisiológicas, o popular tomar bomba. A testosterona em ALTAS DOSES gera aumento de libido e todos os milagres estéticos que vemos por aí. Mas isso não ocorrer porque você “repôs” ou colocou em níveis “ótimos” e sim porque você se dopou, usando doses fora da normalidade.
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Portanto, busque profissionais sérios que darão orientações de mudanças comportamentais, leia-se: dieta, atividade física, sono e acompanhamento psicológico. Caso realmente haja necessidade, o hormônio pode sim ser usado. Mas perceba que você não deve começar do fim e correr para farmácia diante de qualquer dificuldade, pois as consequências serão sérias. O risco de morte é equivalente ao tabagismo e maior que a obesidade, por exemplo. 
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#nerdflix

https://www.youtube.com/watch?v=uv-ObitQv



sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Prescrição e orientação de exercícios para adultos - Up to Date

 

Prescrição e orientação de exercícios para adultos

Autores:

Barry A Franklin, PhD

Robert E Sallis, MD, FAAFP, FACSM

Francis G O'Connor, MD, MPH, FACSM

Editor de Seção:

Karl B Fields, MD

Editor-adjunto:

Jonathan Grayzel, MD, FAAEM

Divulgações de contribuidores

Todos os tópicos são atualizados conforme novas evidências se tornam disponíveis e nosso processo de revisão por pares é concluído.

Revisão da literatura atualizada até:  dezembro de 2021. | Última atualização deste tópico:  22 de abril de 2021.


INTRODUÇÃO


Demonstrou-se que o exercício regular traz vários benefícios à saúde. Há evidências que sugerem que um estilo de vida sedentário pode ser um preditor ainda mais forte de mortalidade do que fatores de risco estabelecidos, como tabagismo, hipertensão e diabetes. Numerosos estudos epidemiológicos mostram que indivíduos inaptos têm duas a três vezes mais probabilidade de morrer durante o acompanhamento em comparação com suas contrapartes mais aptas, independentemente de seu perfil de risco, habitus corporal ou presença de doença cardiovascular. Como a inatividade física é um fator de risco modificável, os médicos devem avaliar e prescrever rotineiramente exercícios estruturados e aumento da atividade de estilo de vida para todos os pacientes.

Neste tópico, discutimos como prescrever um programa de exercícios iniciais, garantir que os exercícios sejam seguros e produtivos e fornecer orientações sobre o avanço dos exercícios. 

 

 

TIPOS DE EXERCÍCIOS E CONCEITOS RELACIONADOS

Ao prescrever um programa de exercícios, é útil para o médico compreender os diferentes tipos e conceitos básicos de exercício.

 

  RECEBENDO UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS

 

Componentes de um programa de exercícios  - O  ideal é que um programa de exercícios inclua exercícios que melhorem a aptidão aeróbica, a força e a mobilidade.

 Alguns programas e exercícios individuais permitem que dois ou mais desses componentes sejam desenvolvidos simultaneamente.

 

O exercício aeróbico é um termo geral, geralmente referido como treinamento de resistência, e inclui qualquer atividade que desenvolva a aptidão cardiovascular e pulmonar. É um componente importante de uma prescrição de exercícios com uma abundância de evidências que apóiam seus benefícios para a saúde.

 

Os exercícios de força fornecem benefícios importantes para a saúde, além da atividade aeróbica. Também conhecido como treinamento de resistência, o treinamento de força pode ser realizado usando resistência de peso corporal (por exemplo, flexões), pesos livres (por exemplo, agachamentos com barra, ou outras ferramentas (por exemplo, máquinas), bandas de resistência) que colocam cargas nos músculos, forçando-os a trabalhar mais. Os melhores programas enfatizam exercícios multiarticulares, como agachamento, levantamento terra e press, que envolvem todos os principais grupos musculares, trabalhando-os por meio de uma amplitude de movimento funcional completa. O treinamento de força normalmente é feito dois ou três dias por semana. 

 

 Os exercícios de mobilidade são importantes para manter a capacidade funcional. Principalmente entre os idosos, a mobilidade é importante para a realização de atividades de vida diária e evitar quedas. O objetivo do trabalho de mobilidade é manter uma amplitude de movimento saudável, especialmente nos ombros, quadris e coluna torácica. No entanto, exercícios separados de mobilidade não são necessários para todos os indivíduos, particularmente aqueles que regularmente se envolvem em atividades que envolvem movimento total nas principais articulações. O tempo gasto na realização de exercícios de flexibilidade isolados não é contabilizado para a meta semanal de 150 minutos de exercício. Embora o exercício de flexibilidade seja recomendado por grupos como o American College of Sports Medicine (ACSM), as revisões sistemáticas não encontraram nenhuma evidência para apoiar esta forma de treinamento para redução de lesões.

Se os exercícios de alongamento são realizados para aumentar a flexibilidade muscular, geralmente é melhor fazê-lo após exercícios aeróbicos ou de força, quando os músculos estão aquecidos. Os estudos de alongamento não conseguiram demonstrar benefícios na forma de redução das taxas de lesões ou melhoria do estado funcional, mas muitas pessoas se sentem melhor seguindo um regime de alongamento. O alongamento é melhor realizado com movimentos lentos e constantes, em vez de saltar (o chamado alongamento balístico). Atividades de movimento funcional, como ioga, Pilates e tai chi, melhora a flexibilidade, o equilíbrio e a mobilidade. 

 

 Aquecimento / desaquecimento - Além dos elementos descritos acima, exercícios moderados e vigorosos são precedidos de um aquecimento e seguido por um período de desaquecimento. Um aquecimento geralmente envolve fazer o exercício planejado em uma intensidade e velocidade mais baixas e permite que o corpo se prepare para atividades mais vigorosas. Um resfriamento é feito para ajudar na recuperação e, após exercícios vigorosos, pode-se prevenir a hipotensão postural associada ao exercício (isto é, colapso). 

 

 

Escrevendo a prescrição de exercícios aeróbicos  -  Uma prescrição de exercícios típica pode ser criada usando o mnemônico FITT:

F - Frequência: Número de dias por semana (de preferência três ou mais)

I - Intensidade: Moderada ou maior

T - Tempo: Número de minutos por sessão (idealmente 30 minutos ou mais)

Tipo T : Atividades que envolvem os principais grupos musculares

Aspectos importantes de cada componente da prescrição de exercícios são discutidos aqui,

Frequência - A evidência abundante sugere que distribuir o tempo total semanal para exercícios aeróbicos por três ou mais dias produz benefícios consistentes para a saúde e diminui o risco de lesões [ 2 ]. Sempre que possível, recomendamos fazer exercícios três ou mais dias por semana. No entanto, se isso não for viável, exercitar-se pelo mesmo período total durante dois dias (75 minutos cada dia), ou possivelmente até um dia (150 minutos), pode fornecer benefícios de saúde equivalentes. No entanto, o risco de lesões, principalmente por uso excessivo, provavelmente aumenta.

Ensaios epidemiológicos, observacionais e controlados randomizados examinaram o impacto da frequência de exercícios, por dia ou por semana, em função dos resultados de condicionamento físico. Por exemplo, em um estudo, indivíduos que foram aleatoriamente designados a um dos três grupos que correram a mesma distância total, mas em uma, duas ou três sessões diárias, demonstraram melhorias comparáveis ​​na resistência cardiovascular. Em outro ensaio, 56 mulheres obesas foram aleatoriamente designadas para sessões curtas de exercícios repetidos (n = 28) ou uma sessão contínua (n = 28), e acompanhadas por 20 semanas. Cada grupo se exercitou cinco dias por semana. Embora ambos os grupos tenham feito melhorias comparáveis ​​na capacidade funcional, o grupo de exercícios repetidos de curta duração demonstrou melhor adesão e uma maior perda de peso média, 8,9 ± 5,3 kg versus 6,4 ± 4,5 kg.

 

Intensidade - aumentar a intensidade do exercício aeróbio pode produzir benefícios semelhantes em um período mais curto. Por exemplo, 15 minutos de corrida parecem conferir o mesmo benefício à saúde que 30 minutos de caminhada de intensidade moderada.

Além dos métodos convencionais descritos separadamente, o "teste da fala" é uma forma simples de medir a intensidade do exercício. Durante o exercício de intensidade moderada, uma pessoa fica sem fôlego para cantar, mas não tão sem fôlego que não consiga falar. Durante exercícios vigorosos, a pessoa tem dificuldade em manter uma conversa. 

Tempo - O tempo necessário para o exercício aeróbio a cada semana depende da frequência e da intensidade. O benefício pode ser acumulado de várias maneiras, e uma abordagem flexível é incentivada. As sessões de exercício podem ser realizadas em blocos de 30 a 60 minutos ou acumuladas ao longo do dia em períodos de 5 a 10 minutos. 

 

As Diretrizes de Atividade Física de 2018 recomendam o equivalente a 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada a vigorosa a cada semana, com atividades de fortalecimento muscular em dois dias da semana. No entanto, essas diretrizes e outros estudos seminais apóiam a afirmação de que alguma atividade física é melhor do que nenhuma. Estudos anteriores relataram que três sessões de 10 minutos de exercícios realizados ao longo do dia fornecem benefícios de saúde semelhantes a uma única sessão contínua de 30 minutos de exercícios moderados, e estudos subsequentes sugerem que períodos ainda mais curtos de leve a moderada a atividade física, acumulada ao longo do tempo, pode produzir saúde cardiovascular, metabólica e até mesmo benefícios de sobrevivência Em um estudo observacional prospectivo envolvendo mais de 400.000 indivíduos, os pesquisadores descobriram que sessões de 10 minutos de atividade moderada diária foram associadas a uma redução de quase 10 por cento na mortalidade por todas as causas. Uma revisão sistemática de 19 estudos envolvendo 1080 adultos participando de exercícios de intensidade moderada (caminhada na maioria dos estudos) concluiu que exercícios contínuos e acumulados (ou seja, várias sessões de aproximadamente 10 minutos cada) produziram efeitos comparáveis ​​na aptidão, pressão arterial e biomarcadores sanguíneos de saúde. Coletivamente, esses dados sustentam a hipótese de que, quando se trata de exercícios, cada minuto conta.

Embora mais de 150 minutos por semana de exercícios de intensidade moderada a vigorosa possam fornecer algum benefício adicional à saúde, o retorno sobre o investimento diminui à medida que o tempo gasto aumenta. Como exemplo, no grande observacional descrito acima, a redução máxima da mortalidade associada à atividade física vigorosa regular se aproximou de 45 por cento e pareceu estagnar entre 40 e 50 minutos de exercício diário. Para o adulto típico que busca melhorar sua saúde geral, é improvável que muito seja ganho praticando exercícios por mais de 100 minutos por dia. Na verdade, exercícios vigorosos excessivos podem ser prejudiciais.

 

Tipo - uma ampla gama de atividades pode ser usada para atingir os objetivos do exercício. Andar é freqüentemente considerado a atividade padrão para uma prescrição de exercício aeróbio inicial porque é simples, não requer nenhum equipamento e é facilmente medido pelo tempo, distância ou contagem de passos. Caminhar por 30 minutos geralmente se correlaciona com caminhar aproximadamente 4.000 passos ou 2 milhas (3,2 km). As diretrizes sugerem que uma meta de contagem de passos diária total razoável para adultos é de 7.000 a 10.000.

A caminhada regular é altamente benéfica para a maioria dos indivíduos inativos e incapazes. Em um grande estudo observacional prospectivo, indivíduos que caminharam apenas 15 minutos por dia ou 90 minutos por semana tiveram uma redução de 14 por cento na mortalidade em um acompanhamento médio de 8,1 anos em comparação com seus colegas inativos.

Embora a caminhada possa ser mais fácil para os iniciantes, qualquer atividade comparável realizada em um ritmo moderado e pela mesma duração total oferece benefícios de saúde semelhantes à caminhada rápida. Atividades como ciclismo, hidroginástica, tênis de mesa, dança de salão ou jardinagem podem ser feitas para satisfazer as metas semanais de exercícios.

Uma vez que os exercícios regulares se tornem um hábito, os pacientes podem ser encorajados a incorporar formas mais vigorosas de atividade em seu programa.

 

Escrevendo a prescrição de exercícios de treinamento de força  -  Os benefícios de um programa de treinamento de força para a função e saúde foram claramente estabelecidos [ 2 ]. À medida que os humanos envelhecem, sofremos um declínio progressivo na massa muscular magra e na densidade óssea. Um programa de treinamento de resistência bem elaborado pode ajudar a retardar essas perdas e melhorar a força, a função e a qualidade de vida, ao mesmo tempo que reduz o risco de muitas doenças crônicas e morte prematura. 

 Um programa de treinamento de resistência geralmente é feito pelo menos dois dias por semana e deve incluir exercícios que trabalhem todos os principais grupos musculares. Ao levantar pesos, é importante manter a técnica adequada e realizar uma amplitude de movimento funcional completa. 

 Melhorando a adesão a um programa básico de exercícios aeróbicos  -  Assim como acontece com a prescrição de medicamentos, fazer com que os pacientes cumpram uma prescrição de exercícios aeróbicos pode ser um desafio. Freqüentemente, a principal barreira é a falta de tempo devido ao trabalho conflitante e às responsabilidades familiares. Quando os pacientes dizem que não conseguem encontrar tempo para se exercitar, os autores costumam aconselhar o seguinte:

Use uma rotina de caminhada durante o dia de trabalho - para começar o dia, estacione o carro longe do local de trabalho e caminhe 10 minutos até o local de trabalho. Na hora do almoço, caminhe 5 minutos longe do trabalho e 5 minutos atrás antes de almoçar. No final do dia, faça o mesmo trajeto de 10 minutos para voltar a pé para o seu carro. Agora você terá concluído seu exercício diário recomendado.

 

Exercite-se nos fins de semana - Se você simplesmente não pode se exercitar durante a semana, faça-os nos fins de semana. Fazer caminhadas de 75 minutos no sábado e no domingo parece fornecer benefícios de saúde semelhantes a fazer a mesma quantidade total de caminhada durante a semana. No entanto, é prudente aumentar gradualmente as caminhadas de 75 minutos para evitar lesões por uso excessivo das extremidades inferiores e outros problemas (por exemplo, bolhas de fricção). Talvez comece com caminhadas de 30 minutos e cada fim de semana sucessivo acrescente cinco minutos a cada caminhada até chegar aos 75 minutos.

 

Aumente a intensidade do treino - você obtém o mesmo benefício na metade do tempo realizando exercícios vigorosos em oposição a exercícios de intensidade moderada. Por exemplo, se você correr por 25 minutos, três dias por semana, colherá os mesmos benefícios que caminhar por 30 minutos, cinco dias por semana.

 

Encontre um parceiro - Encontre alguém para praticar exercícios ou participe de um programa de exercícios em grupo. Isso torna os exercícios mais sociais e divertidos e aumenta a probabilidade de você continuar. Participar de um grupo de praticantes de exercícios com a mesma opinião (como um grupo de caminhada ou círculo de tênis) ou uma academia pode fornecer o incentivo e o apoio necessários. No entanto, essa estratégia pode ser mais cara e limitar suas opções de exercícios. Adotar um cachorro ajuda algumas pessoas a se exercitarem com mais regularidade.

 

Exercícios em casa - para alguns, um programa de exercícios em casa é exatamente o que precisam para cumprir uma prescrição de exercícios. Quando o tempo é curto, poder usar uma bicicleta ergométrica ou esteira sem dirigir até a academia é uma ótima solução. No entanto, equipamentos de qualidade podem ser caros e, muitas vezes, o entusiasmo inicial por equipamentos domésticos diminui e os exercícios diminuem.

 

Use um DVD ou programa de fitness baseado na Internet - outra abordagem para ajudar os pacientes a realizar exercícios aeróbicos regulares é usar um DVD ou um programa de fitness pela Internet. Esses programas variam de ioga a aeróbica e treinamento em circuito de exercícios de resistência. No entanto, os participantes devem ter certeza de que o programa selecionado é apropriado para seu nível de condicionamento e objetivos, e é bem elaborado com instruções adequadas sobre a técnica de exercícios. A tabela a seguir identifica uma série de recursos que estão disponíveis como aplicativos de smartphone que podem ajudar na promoção de exercícios.

 

Ingresse em uma academia ou trabalhe com um profissional de fitness - Ingressar em uma academia local ou trabalhar com um preparador físico qualificado pode ser extremamente útil para alguns que estão lutando para aderir a um programa de exercícios. Várias associações profissionais, incluindo a ACSM, oferecem padrões de instrução e proficiência e certificação de competência. Um treinador experiente pode ajudá-lo a criar um regime de exercícios que melhor se adapte ao seu status funcional e objetivos, ao mesmo tempo que fornece orientação sobre a técnica adequada para ajudá-lo a evitar lesões. Uma academia ou academia de ginástica pode não apenas fornecer um local seguro e convidativo para a prática de exercícios, mas também oportunidades de socialização que tornam o exercício mais agradável, levando a uma maior adesão.

 

ESTRATÉGIAS PARA INCORPORAR O EXERCÍCIO NO DIAS DE TRABALHO

 

Para muitas pessoas, encontrar tempo para se exercitar durante a jornada de trabalho pode ser um desafio. Defendemos uma abordagem flexível e sugerimos o uso de quaisquer métodos que sejam mais adequados às restrições individuais e mais eficazes para incorporar exercícios como parte da rotina diária.

A atividade física de intensidade moderada a vigorosa (AFMV), que corresponde a qualquer atividade ≥3 equivalentes metabólicos (METs), tem demonstrado consistentemente reduzir os riscos à saúde associados a doenças crônicas e o risco de desenvolvê-los [ 4 ]. Outros relatórios sugerem que a substituição do tempo sedentário mesmo por breves períodos de atividade física leve (aproximadamente 2 minutos por hora) pode conferir um benefício de sobrevivência Conseqüentemente, surtos frequentes de atividades leves a moderadas podem melhorar a saúde, especialmente se o gasto total de energia for comparável a períodos mais curtos de esforço físico mais extenuante Assim, o trabalhador sentado em uma mesa que corre 30 minutos, três dias por semana, não pode obter maiores benefícios de exercício do que o trabalhador que faz sessões frequentes de atividade física leve a moderada ao longo do dia.

Incentive o uso de ferramentas de medição - os profissionais de saúde podem promover a atividade física de seus pacientes, incentivando-os a usar pedômetros, acelerômetros e aplicativos de saúde e bem-estar baseados em smartphones. De acordo com uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais, pedômetros estão associados a diminuições significativas no índice de massa corporal e pressão arterial. Em outra revisão sistemática limitada a ensaios clínicos randomizados envolvendo adultos sem doenças crônicas, o uso de aplicativos de exercícios para smartphones ou rastreadores de atividade foi associado a um aumento médio na atividade física diária equivalente a 1.850 passos por dia (IC 95% 1247-2457).

Incorpore mais atividades ao dia de trabalho regular - uma série de estratégias de local de trabalho podem ser usadas para aumentar a atividade ao longo do dia de trabalho, incluindo o seguinte:

Incentive os funcionários a estacionar o carro mais longe do local de trabalho e caminhar.

 

Use mesas de pé ou de caminhada para reduzir o tempo de sentar, que está associado ao aumento da morbidade e mortalidade. 

 

Incentive os funcionários a deixarem suas mesas regularmente (por exemplo, a cada 30 a 60 minutos).

 

Substitua e-mails ou telefonemas por visitas pessoais.

 

Faça reuniões em pé ou caminhando, em vez de sentar.

Use placas e avisos na parede ou no chão para incentivar a atividade. Uma placa inteligente de saída do refeitório diz: “Com que frequência você deve se exercitar? Só nos dias que você come ".

 

Fornece acesso às instalações de fitness.


 

AJUDANDO OS PACIENTES A AVANÇAR SEU PROGRAMA DE EXERCÍCIOS

 

Avanço do exercício aeróbico  -  A sobrecarga progressiva é o princípio fundamental para o avanço do exercício. Essa estratégia envolve o aumento sistemático do estresse (por exemplo, intensidade do exercício) colocado no corpo uma vez que ele se adapta, permitindo assim uma melhoria contínua. Seguindo este princípio, o paciente pode avançar seu exercício através de três estágios básicos]:

 

Estágio de condicionamento inicial - este estágio deve começar gradualmente a uma intensidade de cerca de 40 por cento da frequência cardíaca máxima do paciente (FC; aproximada de 220 menos a idade do paciente) e progredir gradualmente para cerca de 70 por cento da frequência cardíaca máxima. O exercício é feito três dias por semana e as sessões duram de 12 a 20 minutos. Este estágio ocorre em um período de quatro a cinco semanas.

 

Estágio de melhoria - Este estágio segue o estágio de condicionamento inicial e normalmente dura de quatro a cinco meses. Este estágio envolve aumentos graduais de intensidade, de até 60 a 85 por cento da FC máxima, e de duração, de até três a cinco sessões por semana. A duração deve ser aumentada gradativamente, até que a meta de 30 a 45 minutos por sessão seja atingida, antes de aumentar a intensidade.

 

Estágio de manutenção - Este estágio começa após cerca de seis meses de treinamento e envolve exercícios de três a cinco vezes por semana em uma FC alvo de 50 a 85 por cento do máximo, com uma duração de 30 a 45 minutos por sessão. O objetivo aqui é manter o nível de condicionamento físico e capacidade funcional no nível desejado.

 

Lembre-se de que o risco de uma pessoa se machucar durante o exercício está diretamente relacionado à lacuna entre seu nível normal de atividade e um nível novo e mais alto de atividade. O tamanho dessa lacuna se refere à sobrecarga relativa de alguém, e isso deve ser avançado gradualmente e em pequenos incrementos para evitar lesões. Adultos mais velhos e com menos condicionamento físico são mais propensos a lesões e, portanto, os aumentos em sua atividade física devem ser feitos de forma ainda mais gradual.

Aumento da intensidade do exercício para benefício cardiovascular ideal  -  Equivalentes metabólicos, ou METs, são uma medida comum da intensidade do exercício com base em comparações do consumo de oxigênio em repouso e durante a atividade (1 MET = 3,5 mL de oxigênio / kg de peso corporal por minuto). A maioria dos indivíduos de meia-idade e mais velhos inicia programas de exercícios em aproximadamente 1 a 3 METs, correspondendo a caminhar cerca de 2 a 3 milhas por hora (3 a 5 km / hora), mas falham em aumentar a intensidade de seus exercícios conforme sua aptidão gradualmente melhora. Essa falha os impede de atingir a redução máxima em seu risco de doença cardiovascular.

Os níveis de aptidão cardiorrespiratória são influenciados pela idade e sexo, e pouco benefício adicional de sobrevida ocorre quando os níveis aumentam de "bons" para "excelentes", sugerindo que há um platô no risco relativo reduzido de doença cardiovascular que pode ser alcançado por meio de exercícios. No entanto, um "bom" nível de aptidão deve ser alcançado para atingir esse patamar. As tabelas a seguir fornecem níveis de aptidão "bons" e os requisitos de treinamento aeróbio necessários para alcançá-los, e o METS gasto durante uma série de atividades recreativas. Na criação dos padrões de referência para aptidão cardiorrespiratória encontrados na tabela (expressos como METs), empregamos o Registro de Aptidão e a Importância do Exercício: Um Banco de Dados Nacional (FRIEND).

Idade e "bons" níveis de aptidão ajustado sexo foram calculados à 60 th percentil.

Em nossa experiência, se os pacientes podem progredir para intensidades de treinamento que são 60 a 80 por cento de sua reserva de consumo de oxigênio sem sinais ou sintomas adversos e sem classificações excessivas de esforço percebido (ou seja, ≥15 [trabalho duro] em uma escala de 6 a 20 ), é provável que eles possam atingir os níveis de aptidão cardioprotetora ajustados para idade e sexo correspondentes que são compatíveis com o aumento da sobrevida. Por exemplo, "boa" aptidão para um homem de 65 anos é ≥8,7 METs; consequentemente, um nível de treinamento de 5,6 a 7,2 METs, alcançado após 6 a 12 meses de aumentos graduais e progressivos na intensidade do exercício, seria uma meta válida, novamente, assumindo que o paciente permaneça assintomático. Esta intensidade de treinamento se aproxima do tênis individual ou de caminhada rápida (ritmo de 4,5 a 5 mph [7 a 8 km / hora]) ou caminhada gradual em esteira (3 mph [5 km / hora] em uma inclinação de 7,5 graus).

Caminhar a 2 e 3 mph (4 e 5 km / hora) se aproxima de 2 e 3 METs, respectivamente. A uma velocidade de 2 mph (4 km / hora), cada incremento de inclinação de 3,5 por cento adiciona um MET adicional ao gasto de energia. Para indivíduos que podem caminhar a 3 mph (5 km / hora), cada aumento de 2,5 por cento na inclinação da esteira acrescenta um MET adicional. Assim, caminhar a 3 mph, inclinação de 7,5 por cento, seria de aproximadamente 6 METs.

Avançando no treinamento de força  - os  exercícios de força fornecem benefícios importantes para a saúde, além da atividade aeróbica. Uma vez que os novatos desenvolvem força e tolerância aos exercícios básicos, os programas que usam halteres fornecem os meios mais eficazes para obter mais ganhos de força. Os melhores programas enfatizam exercícios multiarticulares, como agachamento, levantamento terra e press, que envolvem todos os principais grupos musculares, trabalhando-os por meio de uma amplitude de movimento funcional completa. Os benefícios e a implementação de tais programas de treinamento de força são discutidos separadamente. 

À medida que os iniciantes se tornam mais em forma, é útil começar a incorporar exercícios básicos de força e mobilidade em seus treinos. 

Treinamento intervalado de alta intensidade: quais pacientes são mais adequados?  -  O treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) envolve episódios intermitentes, geralmente cronometrados regularmente, de atividades de alta intensidade alternados com breves, freqüentemente cronometrados, períodos de atividade ou descanso de baixa intensidade. Numerosos estudos compararam a eficácia do treinamento de exercício contínuo de intensidade moderada (MICT) com o HIIT para melhorar a capacidade aeróbia e outras medidas da função cardiovascular em adultos saudáveis ​​e em pacientes com doença arterial coronariana (DAC). Em estudos de adultos saudáveis, os regimes HIIT mostraram induzir maiores aumentos na aptidão cardiorrespiratória do que MICT, especialmente quando o trabalho total realizado durante o treinamento é comparável. Assim, para indivíduos jovens e saudáveis ​​assintomáticos, incluindo militares, que buscam melhorar rapidamente a aptidão cardiorrespiratória, o HIIT pode ser uma abordagem mais eficaz.

Entre os indivíduos com DAC conhecida ou com alto risco de doença isquêmica do coração, a segurança do HIIT permanece obscura e deve ser realizada, se for o caso, com grande cautela. Embora o HIIT possa ser uma abordagem eficaz para exercícios para tais pacientes, estudos adicionais de longo prazo avaliando segurança, adesão e morbidade e mortalidade são necessários antes que esta abordagem possa ser amplamente recomendada para tais pacientes. 

 

 ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL BÁSICA

 

A contribuição da nutrição para a saúde está bem estabelecida; nutrição adequada fornece o combustível para todos os exercícios e os blocos de construção para a recuperação após o exercício. O paciente que está iniciando um programa de exercícios deve consumir uma dieta rica em vegetais e frutas, formas magras de proteínas e gorduras saudáveis, evitando grãos refinados (por exemplo, pão branco, arroz branco, cereais refinados e adoçados). 

A hidratação e o tempo de nutrientes são conceitos importantes que o médico que aconselha atletas de competição ou recreação deve compreender. Esses conceitos são discutidos brevemente a seguir.

 

Considerações sobre hidratação  - A  água é um nutriente essencial para todos os que se exercitam. Os exercícios de resistência, em média, fazem com que a pessoa sue cerca de 1 litro de água por hora, enquanto perde 1 g de sódio por hora e queima 80 g de carboidratos por hora. No entanto, existe uma grande variação entre os indivíduos, dependendo da idade, tipo corporal, intensidade do exercício e condições ambientais (por exemplo, umidade). 

especialmente para suéteres leves que fazem exercícios leves a moderados. 

Aqueles que realizam exercícios extenuantes ou por longos períodos (> 1 hora) devem determinar suas necessidades de reidratação com base na taxa de suor. A taxa de suor pode ser estimada pesando-se nu antes e depois de uma sessão de 60 minutos de exercício feito em uma intensidade típica e sob condições ambientais típicas de calor e umidade. A taxa de suor é a diferença entre o peso pré e pós-exercício.

Com base na estimativa da taxa de suor, um praticante deve tentar substituir cada 0,5 kg (1,1 lb) de peso perdido por 500 mL (17 onças) de fluido a cada hora durante e após o exercício. É importante notar que esta abordagem subestima as necessidades de fluidos para exercícios realizados em maior intensidade ou durante condições mais quentes ou úmidas do que as do teste. Saber a taxa de suor de uma pessoa pode ajudar a prevenir o consumo excessivo e insuficiente de bebidas alcoólicas durante o exercício, além de ajudar a otimizar o desempenho. Se a taxa de suor não puder ser determinada, uma estratégia razoável é deixar a sede guiar a hidratação.

Atletas de resistência envolvidos em sessões prolongadas de exercícios que ingerem volumes excessivos de água livre em relação às perdas pelo suor correm o risco de desenvolver hiponatremia aguda.

Tempo de nutrientes  - os  objetivos do treinamento são realizados de forma mais eficiente quando estratégias nutricionais apropriadas são implementadas antes, durante e após o treinamento. "Momento do nutriente" é o termo cunhado pelos drs. John Ivy e Robert Portman sugerem que "quando o alimento é consumido" é tão importante quanto "o que o alimento é consumido".

As três fases da sincronização dos nutrientes incluem: durante o exercício; período imediatamente após o exercício (isto é, recuperação); e intervalo entre as sessões de exercícios (ou seja, manutenção e crescimento).

De acordo com as diretrizes da International Society of Sports Nutrition (ISSN), o momento da ingestão de energia e a proporção de certos macronutrientes ingeridos (por exemplo, carboidratos e proteínas) podem melhorar a recuperação e a reparação de tecidos, aumentar a síntese de proteína muscular e melhorar o humor após a alta volume ou exercício intenso. Os provedores que interagem com atletas competitivos são direcionados ao posto de posição ISSN para referência e orientação detalhada. Para iniciantes e muitos praticantes recreativos que não participam de exercícios intensos ou de alto volume, simplesmente aderir a uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas, formas magras de proteínas e gorduras saudáveis ​​é geralmente suficiente, e a preocupação com os detalhes dos nutrientes o tempo é desnecessário.

A orientação saliente da declaração de posição do ISSN para praticantes de exercícios adultos em geral inclui o seguinte:

Os estoques endógenos de glicogênio são esgotados principalmente por exercícios de alto volume. Essas reservas são maximizadas pelo consumo de uma dieta rica em carboidratos (8 a 12 g de carboidratos / kg de peso corporal por dia). Para pacientes com sobrepeso, o peso corporal magro ou o peso corporal alvo podem ser usados ​​para calcular as necessidades de carboidratos. Os carboidratos devem assumir a forma de frutas e grãos inteiros; produtos de grãos refinados (por exemplo, pão branco, arroz branco, cereais refinados e adoçados) devem ser evitados.

 

As sessões prolongadas (> 60 minutos) de exercícios aeróbicos de alta intensidade (> 70% VO 2 máx.) Apresentam desafios para o suprimento de combustível e a regulação de fluidos. O praticante deve consumir aproximadamente 30 a 60 g de carboidratos por hora durante o exercício aeróbio intenso que se estende por mais de 70 minutos. Idealmente, isso assume a forma de uma solução de carboidrato-eletrólito de 6 a 8 por cento (175 a 350 mL, ou 6 a 12 onças fluidas) a cada 10 a 15 minutos.

Particularmente quando a distribuição de carboidratos é inadequada, consumir alguma proteína junto com o carboidrato pode ajudar a aumentar o desempenho, melhorar o dano muscular, promover a euglicemia e facilitar a re-síntese de glicogênio.

 

Durante um treino de treinamento de força padrão (por exemplo, três a seis séries de 8 a 12 repetições realizando exercícios direcionados a todos os principais grupos musculares), demonstrou-se que consumir carboidratos adequados promove euglicemia e maiores estoques de glicogênio. Além disso, consumir carboidratos em combinação com proteínas durante e após exercícios de resistência aumenta os estoques de glicogênio muscular, melhora os danos musculares e melhora as adaptações ao treinamento. 

 

 Conhecer a ingestão diária total de proteínas é importante para indivíduos que se exercitam. O consumo de proteínas de alta qualidade dentro de duas horas de exercícios estimula a síntese de proteínas musculares e auxilia na recuperação. Adultos que se exercitam regularmente, principalmente aqueles que praticam exercícios de resistência, devem tentar consumir cerca de 2 g de proteína magra / kg de peso corporal por dia. Para pacientes com excesso de peso, o peso corporal magro ou o peso corporal alvo podem ser usados ​​para calcular as necessidades de proteína.

 

 

ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR O RISCO DURANTE O EXERCÍCIO

 

Contra-indicações ao exercício  -  

Razões comuns para não praticar exercícios incluem doença aguda ou lesão. Em tais circunstâncias, geralmente é melhor descansar e se recuperar antes de praticar exercícios vigorosos, embora em muitas circunstâncias os pacientes possam realizar atividades leves para manter algum nível de condicionamento físico. Após uma lesão musculoesquelética significativa, uma recuperação funcional completa é importante antes de retornar ao esporte completo para evitar novas lesões. 

As exacerbações ou crises agudas de doenças crônicas podem restringir os exercícios. Em alguns casos, podem ser usadas formas alternativas de exercício que não agravam a condição aguda. Por exemplo, um paciente com um surto agudo de osteoartrite pode ser capaz de nadar ou praticar hidroginástica. Sociedades para várias doenças crônicas estabeleceram critérios para orientar a participação segura. Links para tópicos que tratam de exercícios em pacientes com doenças específicas são fornecidos abaixo. 

Orientação para pacientes com doenças crônicas significativas ou outras condições  -  Muitos pacientes com doenças crônicas podem obter benefícios significativos por meio da participação regular em programas de exercícios apropriadamente projetados. 

Salvaguardas comuns  -  Os benefícios do exercício superam em muito os pequenos riscos associados. Os benefícios e riscos associados ao exercício são revisados ​​separadamente. Muitos riscos associados ao exercício podem ser mitigados seguindo as práticas de bom senso. O mais importante é encorajar os pacientes a "ouvir" seu corpo e como ele está respondendo aos exercícios. A intensidade e a duração do exercício devem ser reduzidas quando a pessoa não está se sentindo bem. Em geral, os exercícios devem ser evitados quando o paciente está gravemente doente, especialmente na presença de febre, tosse produtiva, vômito ou diarreia significativa ou dor intensa.

Outras salvaguardas importantes incluem fazer exercícios com um parceiro, quando possível, e usar uma pulseira de alerta médico se uma pessoa tiver um problema médico significativo (por exemplo, diabetes, epilepsia, reações alérgicas significativas) que possa afetar o tratamento caso algo desagradável ocorra.

Enfatize a importância do aquecimento e do resfriamento  - 

 Há uma base fisiológica sólida para recomendar exercícios calistênicos e um aquecimento cardiorrespiratório gradual antes da fase de resistência ou estímulo de uma sessão de exercícios. Um aquecimento adequado alonga os músculos posturais e ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo e a taxa metabólica. Além disso, pode reduzir o potencial de depressão isquêmica do segmento ST e arritmias ventriculares que podem ser desencadeadas por esforço extenuante súbito. Um aquecimento pode reduzir a suscetibilidade a lesões musculoesqueléticas, aumentando a extensibilidade do tecido conjuntivo e aumentando a mobilidade articular.

Nossa experiência empírica sugere que o aquecimento preferido para qualquer atividade aeróbia é aquela realizada em uma intensidade mais baixa (por exemplo, caminhada rápida antes de correr lento por um período de 5 a 10 minutos). Na conclusão do aquecimento, a freqüência cardíaca deve cair dentro de 10 batimentos por minuto do limite inferior para a fase de resistência ou estímulo.

Para o treinamento de força, um aquecimento apropriado envolve realizar o mesmo exercício começando com uma resistência mais baixa (por exemplo, menos peso) e aumentando-a gradualmente. E para atividades que envolvam movimentos complexos, principalmente os explosivos e imprevisíveis (como em muitos esportes), o aquecimento deve incorporar toda a gama de movimentos a serem utilizados, com aumento gradativo de intensidade. 

Um período de resfriamento pós-exercício de 5 a 10 minutos envolvendo corrida lenta, caminhada ou ciclismo permite ajustes circulatórios apropriados e um retorno mais gradual da frequência cardíaca e da pressão arterial para valores próximos aos de repouso. Um resfriamento adequado aumenta o retorno venoso, reduzindo assim o potencial de hipotensão pós-exercício e possível colapso, e combate os efeitos deletérios potenciais do aumento pós-exercício nas catecolaminas plasmáticas.

 

Aumente a intensidade do exercício gradualmente  -  É sempre melhor começar uma nova rotina de exercícios com uma intensidade baixa, realizando menos repetições ou por um período mais curto. Gradualmente, o volume e a intensidade do exercício podem ser aumentados conforme tolerado. Um técnico ou profissional de fitness experiente pode fornecer instruções sobre a programação adequada e a progressão de uma rotina de exercícios.

Pacientes com pouca ou nenhuma experiência em exercícios, em particular, devem ser instruídos a começar com pequenas quantidades de exercícios de baixa intensidade e aumentar gradualmente. Por exemplo, uma mulher sedentária de 55 anos pode começar caminhando em uma superfície nivelada a um ritmo de 1,5 a 5 km por hora (ou seja, 1 a 3 milhas por hora [mph], ou aproximadamente 1,7 a 3 equivalentes metabólicos [METs]). Gradualmente, ao longo de algumas semanas, a intensidade pode ser aumentada, como aumentando o ritmo para 5 a 6,5 ​​km por hora (isto é, 3 a 4 mph, ou aproximadamente 3 a 5 METs). Esses aumentos graduais de intensidade podem continuar enquanto o paciente permanecer assintomático. Tal abordagem ajuda a minimizar o risco de qualquer lesão ortopédica, ao mesmo tempo que permite aos indivíduos melhorar sua aptidão cardiorrespiratória.

Essa abordagem é particularmente importante para os adultos menos ativos, que representam uma coorte de "alto risco" (20% menos ativos na atividade física). Se tais pacientes se engajarem em atividades físicas não habituais, vigorosas até quase máximas, existe um grande risco relativo associado de um evento cardiovascular. 

Enfatize o esforço percebido e as frequências cardíacas de treinamento prescritas  -  Como orientação geral, o exercício pode ser monitorado usando a taxa de esforço percebido (escala de 6 a 20 categorias, que, como a frequência cardíaca, pode ser usado para prescrever e modular a intensidade do exercício. O exercício classificado como 11 ("bastante leve") a 13 ("um pouco difícil") geralmente corresponde ao limite superior das intensidades de exercício recomendadas durante as primeiras seis a oito semanas de treinamento. À medida que a aptidão do paciente aumenta gradualmente, classificações de 13 a 15 ("forte") podem ser apropriadas, desde que o praticante permaneça assintomático. O limiar anaeróbio ou ventilatório geralmente ocorre dentro desta faixa. Assim, a maioria das pessoas fisicamente ativas que permanecem livres de sintomas pode contar com o esforço percebido, em vez da frequência cardíaca, para regular a intensidade do exercício.

Os praticantes de exercícios que apresentarem sintomas relacionados ao esforço (por exemplo, dor ou pressão no peito, falta de ar incomum, palpitações) devem interromper imediatamente o treinamento e buscar autorização médica antes de retomar os exercícios.

Evite o supertreinamento  - a  síndrome do supertreinamento (OTS), mais comumente o resultado de exercícios excessivos, é uma síndrome não completamente compreendida que se manifesta por sintomas sistêmicos e declínio no desempenho. O OTS é melhor evitado garantindo que o praticante se recupere adequadamente de um treinamento intenso. A recuperação requer hidratação e nutrição adequadas, sono e repouso, relaxamento e suporte emocional e repouso somático / físico ativo. 

Eduque os pacientes sobre os sinais de perigo médico  -  Vários estudos observacionais relatam que atletas competitivos e recreativos que apresentam complicações cardiovasculares não fatais ou fatais durante ou logo após o exercício costumam apresentar sintomas prodrômicos (por exemplo, dor ou pressão no peito, falta de ar incomum, tontura, palpitações , uma queda na capacidade de exercício) nos dias ou semanas antes de seu evento cardíaco. Esses sintomas eram frequentemente ignorados. Consequentemente, é importante que os médicos revisem, com os pacientes que praticam exercícios, particularmente aqueles que são novos nos exercícios ou têm fatores de risco para doença coronariana (DAC), os sintomas que sugerem tal doença e a importância de buscar avaliação médica imediata caso tais sintomas se desenvolvam. 

Considere as condições ambientais  - O  exercício em condições ambientais extremas apresenta riscos potenciais à saúde. Ambientes quentes e úmidos aumentam o risco de doenças causadas pelo calor por esforço (EHI). Os adultos que não se acostumaram a tais condições devem fazer exercícios com menos intensidade e por períodos mais curtos e devem parar caso desenvolvam tontura ou qualquer outro sintoma preocupante. 

Praticar exercícios em climas frios apresenta riscos gerais, como ulcerações por frio, e riscos específicos para pacientes com DCC. Uma máscara facial para o frio ou um lenço usado ao redor da boca podem ajudar a reduzir esses problemas. É importante enfatizar que a temperatura por si só não é o melhor índice de estresse causado pelo frio, e a sensação térmica deve ser considerada ao se exercitar ao ar livre. 

Em grandes altitudes, a disponibilidade de oxigênio diminui, levando ao aumento das respostas cardiorrespiratórias e hemodinâmicas a qualquer carga de trabalho. Indivíduos subindo acima de 1.500 m devem evitar exercícios vigorosos até que tenham se aclimatado. 

Uso profilático de medicamentos cardioprotetores antes do exercício  - Embora não existam dados definitivos indicando que os medicamentos cardioprotetores previnem eventos cardiovasculares agudos devido ao esforço físico intenso, alguns pesquisadores sugeriram que os pacientes em risco podem se beneficiar de tomar determinados medicamentos pouco antes do exercício extenuante, reduzindo assim as consequências fisiopatológicas potenciais do gatilho do exercício]. Acreditamos que a evidência relativa ao uso profilático de medicamentos cardioprotetores antes do exercício é muito limitada para fazer recomendações gerais, e que qualquer decisão de usar tais estratégias requer uma avaliação cuidadosa do paciente individual e uma discussão detalhada dos riscos e benefícios potenciais.

Os betabloqueadores de curta ação e a aspirina são os dois medicamentos mais frequentemente considerados para profilaxia contra eventos cardíacos durante exercícios extenuantes. Presumivelmente, os betabloqueadores reduzem as forças de cisalhamento da taxa de pressão e as demandas cardíacas associadas durante o esforço físico vigoroso, enquanto a aspirina provavelmente inibe a agregação plaquetária induzida pela adrenalina. Os betabloqueadores parecem ser os mais promissores para a cardioproteção durante o estresse físico. Os estudos da aspirina são mais limitados.

 

VIGILÂNCIA DO EXERCÍCIO ADULTO

 

Depois que um indivíduo começa um programa de exercícios, seu clínico de atenção primária deve ter algum plano para encorajar sua participação contínua e monitorar sua saúde. O cronograma para tal vigilância irá variar dependendo da idade do paciente, comorbidades e possivelmente a intensidade de seu regime de exercícios. 

 

  RESUMO E RECOMENDAÇÕES

 

O exercício regular traz vários benefícios à saúde. Os tipos de exercícios incluem exercícios de resistência para melhorar a aptidão cardiovascular e respiratória, exercícios de resistência para melhorar a força, exercícios para melhorar o equilíbrio e a propriocepção, exercícios de mobilidade e combinações destes. Os diferentes tipos e facetas de exercício e atividade física são revisados ​​separadamente. 

 

 O ideal é que um programa de exercícios inclua exercícios que melhorem a aptidão aeróbica, a força e a mobilidade. Uma prescrição de exercício básico pode ser criada usando o mnemônico FITT:

F - Frequência: Número de dias por semana.

I - Intensidade: Baixa, moderada ou maior.

T - Tempo: Minutos por sessão para exercício de resistência.

T - Tipo: resistência, força, mobilidade ou alguma combinação.

 

As estratégias para melhorar a conformidade e incorporar mais exercícios ao dia de trabalho são revisadas no texto e incluem:

Usando uma rotina de caminhada diária.

Fazendo exercícios com um parceiro.

Usando ferramentas de medição (por exemplo, pedômetro).

Reduzindo o tempo sentado usando mesas em pé e reuniões ambulantes.

Treinamento com DVD de alta qualidade apropriado ou programas de exercícios na Internet.

 

Os níveis de aptidão cardiorrespiratória são influenciados pela idade, sexo e outros fatores. Pouco benefício adicional de sobrevida ocorre quando os níveis aumentam de "bons" para "excelentes", sugerindo que há um platô no risco relativo reduzido de doença cardiovascular que pode ser alcançado por meio de exercícios. No entanto, um "bom" nível de aptidão deve ser alcançado para atingir esse patamar. As tabelas a seguir fornecem níveis de aptidão "bons" e os requisitos de treinamento aeróbio necessários para alcançá-los, e os equivalentes metabólicos (METs) gastos durante uma série de atividades recreativas

 

A sobrecarga progressiva é um princípio fundamental para o exercício. Envolve o aumento sistemático do estresse (por exemplo, intensidade do exercício) colocado no corpo uma vez que ele se adapta, permitindo assim uma melhoria contínua. Uma vez que os indivíduos estão se exercitando de forma consistente e se adaptaram a um programa para iniciantes, programas de exercícios mais desafiadores são necessários para que eles se tornem mais em forma. 

 

Agachamento.

Lunge.

Flexão.

Estabilidade do núcleo.

 

O paciente que está iniciando um programa de exercícios deve consumir uma dieta rica em vegetais, algumas frutas, formas magras de proteínas e gorduras saudáveis, evitando grãos refinados (por exemplo, pão branco, arroz branco, macarrão, cereais refinados e adoçados). A nutrição para a saúde e para a perda de peso é revisada separadamente. 

 

Os riscos associados a seguir um programa de exercícios bem elaborado que leva em consideração a idade do paciente, o nível de condicionamento físico inicial e quaisquer comorbidades são baixos e muito excedidos pelos amplos benefícios à saúde. No entanto, no contexto de uma doença ou lesão aguda, geralmente é melhor descansar e se recuperar antes de retomar os exercícios. Em alguns casos, podem ser usadas formas alternativas de exercício que não agravam a condição aguda. Por exemplo, um paciente com um surto agudo de osteoartrite pode ser capaz de nadar ou praticar hidroginástica.